8 de mar. de 2007

Resultados do Encontro de Salas Verdes do Estado de São Paulo

1º Encontro das Salas Verdes do Estado de São Paulo
3 e 4 de março de 2007

São Sebastião

Nós, coordenadores das 15 Salas Verdes do Estado de São Paulo presentes, realizamos o 1º Encontro das Salas Verdes do Estado de São Paulo.

Reunidos na Sala Verde de São Sebastião, nos dias 3 e 4 de março de 2007, tivemos como finalidade discutir propostas de integração das ações para que os municípios sejam fortalecidos e beneficiados por meio do Projeto Sala Verde. Conhecemos a história da implantação de cada uma das Salas, bem como seus respectivos projetos, formas, estruturas de gestão e recursos físicos, humanos e financeiros de que dispõem. Neste sentido, procuramos apontar os direcionamentos que, coletiva e particularmente, se fazem necessários, além de sugestões a serem encaminhadas ao Ministério do Meio Ambiente, prefeituras e sociedade em geral para a melhoria do programa.

Obtivemos, assim, o conhecimento detalhado da implantação das salas e dos seus projetos, bem como dos desdobramentos que influem diretamente no alcance efetivo dos trabalhos sócio-educativos em benefício da população, além do compartilhamento das dificuldades e métodos adotados para superação. Constatou-se um perfil altamente diversificado, porém todos possuem o objetivo de educar para melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente em seus múltiplos aspectos.

Destacou-se principalmente, a facilidade de aplicação dos projetos e os resultados obtidos por parte das Salas Verdes que recebem apoio das prefeituras ou governo do estado, ainda que de formas variadas, o que apontou possibilidades a serem potencializadas. Os esforços de ONGs para obtenção de resultados positivos foi notório.

A obtenção de recursos para implementação dos projetos ocorre com destaque a partir de gabinetes de prefeitos e secretários municipais, ocorre financiamento a partir de alguns bancos, empresas e fundos para juventude e meio ambiente, a partir de comercialização de produtos e serviços educativos de visitação, além das parcerias entre instituições que vêm ocorrendo.

Dentre as dificuldades encontradas, estão entraves que atrasam e desviam dos objetivos principais. Ocorrem em inúmeras salas Verdes, a necessidade de criação de mecanismos para obtenção de recursos humanos remunerados e voluntários, a falta de apoio ou oposição de prefeituras ou secretárias municipais, casos de ausência ou de adaptação de espaço físico adequado, dificuldades para inscrição e aprovação de projetos financiáveis e ainda, os casos extremos de oposição de órgãos como Ministério Público e Justiça.

Concluiu-se que as Salas Verdes colaboram para a instituição da Política de Educação Ambiental proposta pelo PRONEA e que a ação do Ministério do Meio Ambiente nos confere um certificado de qualidade em termos técnicos, metodológicos e curriculares, que apóiam a credibilidade das ações e o processo de articulação de parcerias e busca de recursos.

Após as reflexões tecidas, percebeu-se que ocorre a necessidade de ações partindo de cada uma das Salas Verdes, do grupo de Salas do Estado de São Paulo e por parte da DEA/MMA:

Ações necessárias a serem realizadas por cada uma das Salas

  1. Realização de visitas técnicas às Salas Verdes do estado de São Paulo (cada sala organiza um ou mais dias de visitação para apresentar seu espaço e suas ações para as demais, promovendo o conhecimento in loco e uma melhor interação entre as equipes).
  1. Mobilização de órgãos oficiais municipais para fornecimento de documentos e publicações acerca de questões socioambientais, documentos estes a serem compartilhados com as demais Salas.
  1. Manter esforços para promover uma articulação constante com as Salas Verdes regionais.
  1. Proceder ao rodízio para alimentação do blog, bem como manter informação sobre as ações nesta vitrine virtual.
  1. Manter intercâmbio de palestrantes para atender aos objetivos de Salas Verdes e Coletivos Educadores.
  1. Implementar campanhas regionais para enriquecimento de acervos.
  1. Participação das Salas Verdes nas aberturas de recebimento de propostas de projetos financiáveis para o FEHIDRO.

Ações necessárias a serem realizadas pelo grupo das Salas Verdes do Estado de São Paulo

  1. Procedermos à implantação de um programa único de organização do acervo, buscando-se o apoio de universidades.
  1. Mobilização de órgãos oficiais estaduais para fornecimento de documentos e publicações acerca de questões sócio-ambientais.
  1. Implementarmos um Cadastro Geral de acervo educativo –ambiental das Salas Verdes do Estado de São Paulo, o que contará com o apoio da Sala Verde de São Carlos.
  1. Criar um material em vídeo com curta duração, para que seja produzido um vídeo único para apresentação das Salas Verdes de São Paulo (apoio oferecido pelo Instituto Promur para a edição).
  1. Criação de um site específico das Salas Verdes e solicitar o apoio da DEA para a colocação de links nos sites do IBAMA, MMA e outros oficiais.
  1. Promover troca de materiais entre as Salas, seguindo o exemplo do evento “Barganha Book” realizado localmente pela Sala de São Carlos.
  1. Agendar o II Encontro para o início do próximo mês de maio, a fim de nos aprofundarmos no estudo e encaminhamento de outros pontos de grande importância. (Deverá acontecer na Sala Verde do Parque Vila Lobos – com a colaboração do Instituto 5 Elementos).

Ações necessárias a serem realizadas pela DEA/MMA

  1. Inscrição automática das Salas Verdes nos programas dos demais Ministérios do Governo Federal, que apresentam interfaces com os objetivos das Salas Verdes bem como contam com elas como potenciais parceiras, como por exemplo, pontos de cultura, telecentros, programas de jovens, Coletivos Educadores, etc.
  1. Recomendamos a aquisição de alguns materiais educativos produzidos pelas Salas Verdes por parte do MMA, a ser distribuídos para as demais, por tratar-se do atendimento específico de uma demanda educativa que vem surgindo com a realização deste trabalho.
  1. Mobilização de órgãos oficiais estaduais para fornecimento de documentos e publicações acerca de questões sócio-ambientais às Salas Verdes.
  1. Importância da criação de um mecanismo específico entre a DEA, FNMA e as Salas Verdes.
Com muita satisfação de todos os participantes, encerrou-se este encontro com a avaliação de ter sido muito oportuno e produtivo. Ficou demonstrado que, enquanto indivíduos e grupo, serão mantidos esforços para fortalecer as Salas Verdes e, assim, beneficiar e apoiar a sociedade e a Administração de nossos Municípios através de uma Educação Ambiental de qualidade.

    Fernanda Bianchi – Sala Verde de Sumaré
    Rosana Marques – Sala Verde do Guarujá
    Rubem Carvalho – Sala Verde de Hortolândia
    Cristiana Isola – Sala Verde de Ilhabela
    Lucilia Spiritus
    Sala Verde de Ilhabela
    Teresa Cristinan Caiuby – Sala Verde Ilhabela
    Leo Nafalski – Sala Verde Ilhabela
    Fernando Brigidio – Sala Verde de Iguape
    José Carlos Firme – Sala Verde Ubatuba
    Vânia Carrozzo – Sala Verde Ubatuba
    Christiane – Sala Verde São Sebastião
    Carolina Monteiro – Sala Verde São Sebastião
    Silvana Rolla – Sala Verde São Sebastião
    Sandra Regina Pivelli – Sala Verde de Santos/Jd. Botânico
    Paulo Marco Gonçalves – Sala Verde Santos/Jd. Botânico
    Elaine Aparecida Rodrigues – Sala Verde de Itatiba
    Daniel – Sala Verde de Itatiba
    Hélio Lima – Sala Verde de Itatiba
    Mônica Borba – Sala Verde Villa Lobos/SP
    Luiz – Sala Verde Ecoveleiro/Santos
    Lia Cassettari – Sala Verde Ecoveleiro/Santos
    Juliano Raramilho – Sala Verde Canitar
    Viviane do Santos – Sala Verde Canitar
    Camila Gemenez – Sala Verde Canitar
    Cassia Freitas – Sala Verde Caruara-Parcel/Santos
    Marlene Barbosa – Sala Verde Caruara-Parcel/Santos
    Regina Albernaz – Sala Verde Ribeirão Preto
    Lourdes de Souza Moraes – Sala Verde de São Carlos
    Ariane di Tulio – Sala Verde de São Carlos

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