16 de abr. de 2010

Ministério do Meio Ambiente concede registro ao Instituto Inhotim, em Brumadinho, na Grande BH, por seu amplo acervo de jardins e espécimes de mata atlântica, em 145 hectares de reserva

Jornal Estado de Minas

A exuberância da vegetação nativa de mata atlântica e das plantas ornamentais do Instituto Inhotim, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ganhou reconhecimento nacional. O espaço, cuja característica mais marcante é a interação do verde com diversas intervenções artísticas, é o mais novo jardim botânico do país. O registro foi concedido esta semana pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), na categoria C provisório. De acordo com as normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), todos os candidatos são inicialmente enquadrados nessa classificação. O título permanente será atribuído depois da visita de integrantes da Rede Brasileira de Jardins Botânicos, marcada para 7 de maio. O grupo é responsável por verificar se há pontos deficientes e sugerir melhorias.

O curador botânico do Inhotim, Eduardo Gonçalves, explica que os jardins são classificados em três categorias. O que difere a B da C são questões relacionadas à rotina dos bancos de sementes e de produção de mudas. De A para B é levada em conta a existência de uma revista de publicação científica. Para a concessão do registro, foram observadas várias características: o espaço protegido, se há um acervo de plantas documentado e identificado, um ambiente de entretenimento, educação ambiental e de conservação. No quesito entretenimento, o MMA considera, entre outros pontos, a estrutura de visitação, a presença de monitores e projetos em andamento.

Gonçalves ressalta que o Inhotim tem mais de 4 mil espécies em cultivo, além das presentes na área nativa. São 145 hectares de reserva e outros 97 hectares no espaço de visitação. “Temos uma característica única, pois o recorte paisagístico é um labirinto. Trabalhamos com pequenos ou grandes compartimentos, nos quais as passagens são jardins e as paredes são florestas de mata atlântica”, diz.

Segundo o curador, a vegetação exposta ao público representa apenas 30% de todo o acervo do instituto. Os números das palmeiras, algumas das vedetes do local, dão a dimensão do que ainda está por vir: são 1,3 mil espécies e há estimativa de mais de 15 mil exemplares. “O acervo botânico é diferenciado porque é disposto paisagisticamente. Até mesmo a pessoa que não gosta de planta, dificilmente não se sensibilizará com uma paisagem bem construída, com um jardim bem feito. Temos uma frase em nosso meio, segundo a qual não há planta feia, mas mal colocada. Quem vem aqui, com certeza, fica com outro olhar para a biodiversidade.”

Um comentário:

Unknown disse...

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